Bom, algumas questões. A primeira é que a quantidade "correta", como mencionada pela Unesco, é relativa. Nós temos em abundância, então temos o privilégio de podermos gastar mais. O problema é que quando você fala assim o povo já acha que você está sendo inconsequente, mas na verdade nós podemos sim usar mais, mas conscientes. Como eu disse, eu já economizo água e luz desde que eu nasci, mas me dou ao luxo de ficar com o computador ligado madrugada adentro quando quero (e não preciso, quero) baixar algo e de tomar um banho mais demorado quando vou sair praquele encontro especial ou de lavar o passeio da minha rua mesmo. Sim, eu lavo o passeio da minha casa inteiro, que é enorme! MAS, TODAVIA, NO ENTANTO, antes de lavar com a mangueira eu VARRO o passeio inteiro. Duas vezes, uma pra tirar a lixaiada mais grossa e outra pra tirar o pó. Dái o que seria 30 minutos com mangueira, vira 3, que é só pra tirar o restício. Isso do lado pessoal, porque as empresas fornecedoras também precisam fazer o papel delas, elas podem nos fornecer água í vontade, mas precisam alertar com antecedência quando ela está caindo de nível, cobrar mais caro nessas horas (sim, é medida plausível), fiscalizar gatos e vazamentos e incentivar a indústria e o agronegócio a reutilizar, limpar e pesquisar novas formas de evitar o desperdício.
Quanto ao aquífero, temos aí um problema. Não é porque descobriu-se essa enorme quantidade de água que se pode ir retirando. O planeta é sistêmico, o aquífero com toda certeza influencia uma caralhada de outros pontos e que precisam ser olhados com cautela. É igual petróleo, ficou abaixo da terra/mar por muito tempo, a gente sai tirando e queimando, estamos depositando no ar uma imensidão de carbono que agora já está alterando o clima (há controvérsias). Mas nesse quesito eu sou bundão, não tenho cacife nenhum pra afirmar nada, é mais uma opinião cautelosa mesmo.
Por fim, Slaughter, a água É de graça. Pelo menos no nosso país. Você pode ir lá no rio e tirar "í vontade" (desde que não prejudique o resto da sociedade, aí que entra a consciência). Você paga é pelo tratamento da água, que é cobrado, bem, pela quantidade dela. E depois ainda te cobram pela sujeira que você fez com ela e que teoricamente precisa ser limpa de novo, a taxa de esgoto - aliás, o motivo pelo qual o povo ficou revoltadinho quando um senhor nao sei onde aproveitou agua de chuva e quase eliminou o consumo e foi taxado mais caro do que quando não fazia isso, acontece que ele está jogando uma quantidade maior de água no sistema de esgoto do que recebe, está gerando trabalho e sujeira a mais. Se ele pegasse toda a água que pega da chuva e nao jogasse no esgoto (um círculo de bananeiras/taioba bem lacrado pra água cinzenta ou negra, por exemplo) nao ia ter problema nenhum,