[ajpvalente]

Eu sei perfeitamente o que isso é. Há poucos anos atrás fui visitar a minha terra no Alentejo, no interior de Portugal... e tornou-se praticamente uma terra só de pessoas idosas, com alguns adultos e muito poucas crianças. As escolas e os parques, que há uns 20 anos tinham sempre muito movimento, hoje em dia estão sempre vazias. Pelo que percebo, é a mesma situação em quase todas as terras pequenas de Portugal, e não só no interior.

Mesmo a chegada de imigrantes estrangeiros não são suficientes para melhorar a situação, ainda mais porque a maior parte dos imigrantes ficam cá pouco tempo, ou não têm cá crianças. Diz quem percebe que a situação está muito má, e daqui a alguns anos as reformas vão ter de ser atrasadas e reduzidas, e mesmo assim é duvidoso que chegue para todos.

[Noob-Eterno(-Saibot)]

http://www.cracked.com/quick-fixes/4-scenes-from-world-cup-right-out-dystopian-future/

Leiam isso.

[Screamer]

Saibot, show de bola esse artigo hein? Resume bem os absurdos que estão acontecendo no nosso paí­s.

[ajpvalente]

Bah.

Estes malditos grandes eventos tornaram-se pouco mais do que gigantescas manifestações de vaidade, a ver quem tem os maiores estádios e a melhor segurança, transportes, organização, etc....

Cá em Portugal foi a mesma coisa no Euro 2004, mas numa escala muito menor. Construiu-se uma meia dúzia de estádios que hoje em dia têm pouca ou nenhuma utilidade.

É por isso que eu já não ligo ao Futebol, nem í s Olimpí­adas. O futebol começou apenas como um evento desportivo, operários de fábricas que aos Domingos se reuniam para passar um bom bocado. Uniformes quase não existiam e bolas eram de trapos. E no entanto, por mais pobre que fosse, esse é que era o espí­rito do futebol, não como hoje em dia, em que o futebol é um negócio.

A mesma coisa com as Olimpí­adas, na Grécia antiga eram uma manifestação desportiva, de orgulho. Os atletas não tinham os super fatos todos tecnológicos, e não participavam por somas em dinheiro ou para fazer anúncios na televisão. Os atletas estavam ali pela glória da sua cidade, e se fossem vencedores, voltavam heróis. Era uma questão de desporto e fama, não para vender canecas e camisas e construir grandes estádios...