Dai depende da escala que querem fazer. Uma produção mais simples e barata poderia fazer algo em uma localização. Uma produção grande poderia fazer algo em grande escala e épico.
Realmente, tenho encontrado alguns pequenos vídeos criados por membros da comunidade do Fallout, que são bastante inteligentes e bem feitos, dentro das possibilidades dos criadores.
Por exemplo:
- Uma série mostrando os ultimos dias do mundo pré-guerra. Um mundo devastado por guerras de recursos em todos os lugares, os EUA em caos cheio de revoltas e gente passando fome. Dai as bombas caem (Final da Primeira Temporada?) e os nossos protagonistas tem que sobreviver no mundo pós-bombas com a civilização em colapso.
- Um Vault. Dai o Vault tem que lidar com questões interessantes - como o vault deve ser governado? Como devem ser distribuídos os recursos? Como o Vault deve lidar com questões como criminalidade? Como as pessoas lidam psicologicamente com a vida em uma caixa de metal embaixo da terra? E depois de um tempo, o Vault deve abrir? É melhor colonizar a superfície assim que der, ou esperar mais até a poeira baixar e a selvageria parar? Deve o Vault ficar totalmente fechado, ou deve o Vault tentar obter conhecimento sobre o mundo exterior?
- Uma coisa bem Game of Thrones. Guerras entre facções e grupos cobiçando o poder, intrigas, batalhas épicas, tramas dentro de tramas e planos dentro de planos, um monte de personagens, cada um com seus interesses e ambições. Dava até pra ambientar em algum lugar da série que já vimos, por exemplo, New Reno, ou Hub na epoca do Fallout 1.
O problema é que já temos isso feito noutras produções. Já existem muitas séries e filmes situados após a queda da civilização... e a maioria deles são péssimos ou medíocres. Como eu sou um interessado neste género de contextos, consigo distinguir dois grandes tipos de filmes e séries:
O primeiro tipo é o mais recente, e costuma criar o pior tipo de séries e filmes, porque não mostra as personagens a sofrer, ou a sofrerem de uma forma pouco reduzida. Quase não passam fome nem doenças (a não ser que façam parte do enredo), costumam ter veículos automóveis a funcionarem perfeitamente OU viajam muito a pé sem sofrerem de problemas (uma vez mais, a não ser que faça parte do enredo. Eu detesto, abomino, ODEIO isto. A vida hoje em dia é difícil, lixada, embora não tanto como noutros tempos, mas quando vejo personagens no meio dos restos da civilização sem estarem sujos, doentes ou famintos, com os confortos todos como se estivessem dentro de um McDonalds. Isso é absolutamente ridículo. O conforto segundo os padrões modernos faz parte de uma extensa rede de serviços que dependem do funcionamento corrente da sociedade.
Exemplos: a maior parte das séries e filmes de mortos-vivos criados nas últimas duas décadas, o I Am Legend (aquela porcaria daquele filme com o Will Smith), os últimos filmes do Resident Evil, e os filmes do Left Behind, que são horrendos. O Postman é uma porcaria, o Waterworld é esquisito, o Oblivion é horrível. O primeiro filme do Matrix é razoável mas os outros dois são mauzinhos. O quarto filme do Terminator é... mau. Muito, muito, MUITO mau. Em termos de série, o Revolution é simplesmente ridículo, o Dark Angel é horrível, o Jericho e o Jeremiah começaram razoavelmente mas depois tornaram-se péssimos.
Nesta categoria, também temos bons filmes, mas são pouquíssimos: o primeiro Mad Max e o Quiet Earth são excelentes, o Delicatessen é uma paródia e por isso não conta, e o Warrior of the Lost World é tão engraçado que uma pessoa nem se importa.
No outro tipo vêm.-se pessoas a sofrer, de forma física e psicológica, e a morrer. A tragédia da situação é mostrada claramente. Os personagens estão cansados, famintos, apavorados, doentes. Há e escravatura e tortura explícita. Este género de filmes não costuma ter um final feliz. Bons exemplos são os filmes mais antigos de mortos-vivos, A Boy and His Dog e o Doomsday (estes dois são paródias), todos os filmes do Mad Max (excepto pelo primeiro), The Road, Threads, Testament, The Day After (nas cenas após o ataque nuclear) e as cenas do futuro no primeiro Terminator. O Cyborg (com o Van Damme) é muito mal visto, mas considero-o razoável. O Hardware é um excelente filme que combina os dois tipos,