Spin-off do tópico de jogos!
E ai, o que vocês tem lido?
Eu terminei dois livros essa semana:
- O Jogador de Dostoieviski (o livro é de uma coleção da minha avó, mas eu pedi e ela deu pra mim). Começa lento, mas logo pega vapor e o fim é tristelário. Acho que o titulo tem mais de um significado. Só não entendi porque [spoiler]o Alexei Ivanovich é um cuck do caralho que deixa a francesa gostosa pegar ele e gastar todo o dinheiro em Paris. Eu sei que ele tava meio doido por ter ganho a grana e depois perdido a Paulina, mas o que ele esperava? Pelo que vi nem comeu ninguém em Paris nem nada. Por que não foi pra casa da avó e trabalhou pra ela? Poderia ter tido um final feliz, mas terminou patéticamente. E só eu acho que o tal Mr. Astley estava por trás de tudo que aconteceu para assim poder tomar a Paulina para si?[/spoiler]
- O Jardim das Aflições, por Olavo de Carvalho. Eu gosto da escrita do Olavo de Carvalho, especialmente o material antigo dele - Nova Era e Revolução Cultural, O Imbecil Coletivo I e O Imbecil Coletivo II são livros muito bons. O de C pode ser polêmico, mas acho que ele é o pensador mais importante do Brasil de hoje, goste ou não goste dele.
Atendo-me ao livro, gostei muito - o pessoal se foca muito no Imbecil Coletivo, mas a diferença entre O Jardim das Aflições e O Imbecil Coletivo é a diferença entre descrever a doença e descrever os sintomas. O Imbecil Coletivo é um livro legal, mas como o próprio Olavo falou, O Imbecil Coletivo é essêncialmente uma coletânia de notas. O Jardim das Aflições é uma jornada filosofo-intelectual pelas idéias que germinaram no campo de ideias atual. O que Olavo disse eu já tinha confirmações de outras fontes, mas o livro me ajudou á unir tudo isso num uno coeso, além de informações novas e coisas que ainda não tinha percebido. A Teocracia vive!
Eu parei no meio de O Retrato de Dorian Grey (também parte da coleção da minha avó) mas sei-lá cara, não curti tanto. Acho a prosa do Dostoieviski bem melhor, Oscar Wilde tem uma prosa meio enrolativa, e muito fixada numas idéas meio estranhas e amorais de que aproveitar á vida = curtição desmedida. E francamente O Retrato de Dorian Grey é meio gay também. Talvez eu resuma.