Autor Tópico: Lendária civilização perdida é encontrada embaixo de uma floresta em Honduras  (Lida 1131 vezes)

Offline Slaughter

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Artigo muito interessante do Gizmodo - quem diria que ainda existem civilizações perdidas por ai! Esse mundo é muito grande! Só Deus sabe quantas civilizações perdidas existem por ai. O próprio artigo toca nas civilizações descobertas na amazônia, que no entedimento cientifico-histórico atual está deixando de ser um buraco negro histórico e tornando-se claramente uma área que, assim como boa parte do mundo pré-colombiano, era dotada de várias civilizações.

Me pergunto - em um futuro distante, seremos nós uma civilização lendária?




A Cidade do Deus Macaco. "œLa Ciudad Blanca", ou A Cidade Branca. Estes são nomes dados í  lendária cidade perdida que teria existido em uma floresta intocada em Honduras "“ e a National Geographic encontrou evidências de que ela realmente existiu.

Uma expedição retornou esta semana de uma localização remota "” e secreta "” de Honduras, onde não foi só confirmado o rumor da existência da cidade, mas de uma civilização inteira. Uma civilização tão nova aos arqueólogos que ainda nem recebeu um nome. É uma descoberta incrí­vel; mas antes de entrarmos em detalhes, vamos dar uma olhada no histórico do local.

O que é a Cidade do Deus Macaco?

Por muito tempo, ela foi só um rumor: uma cidade perdida localizada dentro de uma floresta em La Mosquitia, na costa leste de Honduras. Ela vem sendo procurada há centenas de anos por exploradores. Dizem que a cidade era formada por uma comunidade pré-colombiana de tamanho e riqueza consideráveis, e que existiu 1.000 anos antes de Cristo. O apelido "œCidade do Deus Macaco" se originou de um explorador americano que afirmou ter ouvido o nome de habitantes locais durante uma expedição.



Por que ela nunca foi encontrada?

Em primeiro lugar, a área onde a cidade se encontra é incrivelmente remota. Assim como diversas florestas tropicais, ela é um território inóspito para exploradores, especialmente para aqueles que não sabem o que estão procurando "“ mas os supostos avistamentos continuaram.

A alegação mais famosa sobre a cidade veio de um homem chamado Theodore Morde, cuja descoberta "” não confirmada "” foi noticiada pelo New York Times nos anos 1940, como pode ser visto na imagem acima.

Mas também existiram muitas outras alegações notáveis. Em um livro sobre a expedição de Morde, chamado Jungleland: A Mysterious Lost City, a WWII Spy, and a True Story of Deadly Adventure, o autor Christopher Stewart enumera algumas:

Em 1928, em um voo sobre a América Central, Charles Lindbergh avistou uma série de ruí­nas brancas "” "œuma incrí­vel metrópole antiga". Anos depois, o antropólogo W.D. Strong alegou ter encontrado diversos artefatos abandonados próximos í  bacia de um rio e que, durante os seis meses de expedição, ouviu "œmuitas histórias sobre ruí­nas arqueológicas". Não muito depois, S.J. Glassmire, um engenheiro de mineração e garimpeiro de ouro do Novo México, anunciou que havia encontrado uma cidade perdida com "œ13 quilômetros quadrados" e "œpedras de calcário desmoronando".

Por décadas, pareceu que a Cidade do Macaco de Ouro permaneceria para sempre uma história de rumores sem fundamentos.

Então o que mudou?

Bem, a tecnologia mudou. Graças ao LIDAR, que mede distâncias iluminando um alvo com um laser e analisando a luz refletida, arqueólogos podem ver a Terra de formas completamente novas. Para gerar um modelo 3D bastante preciso da superfí­cie da Terra, a tecnologia envia feixes de laser a partir de um avião, passando pela folhagem da floresta e qualquer forma de vida.

Em um artigo para a New Yorker em 2013, Douglas Preston "” quem inclusive escreveu o artigo da National Geographic desta semana "” acompanhou uma equipe que usava o Lidar na área que supostamente deveria abrigar a cidade perdida, e testemunhou a revelação de imagens detalhadas de pilares e piramides construí­dos pelo homem. É uma evidência bem real de uma cidade perdida e, conforme explicou Preston, terá enormes implicações em como os arqueólogos entendem as civilizações pré-colombianas:

Antigas teorias diziam que o solo das florestas tropicais da América Central e do Sul era pobre demais para acomodar grandes populações, e aquelas áreas poderiam suportar apenas pequenas tribos de caçadores. Mas aparentemente, a Floresta Amazônica já abrigou sofisticadas civilizações agrí­colas que desmataram enormes áreas para construir vilas, cidades e uma rede de ruas e canais.

Embora a cidade tivesse finalmente sido descoberta pelo ar, ela ainda precisava ser confirmada em terra.



Uma explicação sobre o funcionamento do lidar pela USGS.

Abaixo da terra?

Sim, um expedição retornou semana passada í  área identificada pelo Lidar, e trouxe consigo 52 artefatos enterrados no solo, além de materiais de terraplanagem. Ah, e um homem-jaguar:

O objeto mais marcante a ser retirado do solo é a cabeça do que Fisher especula ser um "œhomem-jaguar", possivelmente a representação de um xamã em estado de transformação espiritual. Alternativamente, o artefato talvez tenha relação com jogos de bola que eram presentes na vida pré-colombiana na Mesoamérica.

A National Geographic enviou Preston e o fotógrafo Dave Yoder na expedição que trouxe uma série de fotos e textos sobre as descobertas. Aparentemente, o número de construções era tanto que fez a equipe acreditar serem diversas cidades, ao invés de apenas uma:

Era definitivamente uma cidade anciã. Arqueólogos, no entanto, não acreditam mais na existência de uma única "œcidade perdida", ou Ciudad Blanca, como descrita pelas lendas. Eles acreditam que Mosquitia abrigava muitas "œcidades perdidas", que, quando juntas, representam algo muito mais importante "” uma civilização perdida.



Foto de Dave Yoder, usada com permissão da National Geographic

E agora?

Bem, conforme Preston explica, a maior dificuldade agora é proteger a cidade de ladrões e do crescente desmatamento. Uma vez que a cidade esteja protegida, começará o processo de catalogar e estudar as ruí­nas.

É incrí­vel como o advento da tecnologia ajudou a descobrir uma civilização perdida inteira: apenas imagine quais outras cidades perdidas e histórias irão emergir, conforme o lidar e outras tecnologias se tornam cada vez mais comuns para os arqueólogos.


Fonte: http://gizmodo.uol.com.br/civilizacao-perdida-honduras/
Membro da Comunidade desde Jul 9, 2003, 10:31pm

Citação de: Bruce Leeroy
Eu vou escrever pra caralho porque você escreve pra caralho, então você vai ler pra caralho, caralho.

Offline Bruce Leeroy

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Re:Lendária civilização perdida é encontrada embaixo de uma floresta em Honduras
« Resposta #1 Online: Março 06, 2015, 11:00:40 am »
Deveras interessante. Outro dia eu estava conversando com uma amiga sobre como o hemisfério norte se desenvolveu mais, sendo que o sul sempre teve civilização. Apesar do berço da humanidade ter sido lá na Mesopotâmia ser uma das alegações, o que reparamos foi como as estações do ano bem definidas fez com que o homem talvez se adaptasse melhor í s condições e precisasse se desenvolver pra sobreviver. Aqui? Eu nem sei quando é verão, quando é inverno... tudo igual. Apesar de algumas tribos e civilizações pré-colombianas serem muito bem desenvolvidas (inclusive eu acho a "astronomia" dos í­ndios tupis sensacional) a possibilidade de coletar alimento durante todo o ano parece que leva a uma espécie de comodismo. Sei lá, foi só um devaneio durante o tempo que morei no norte. Claro que diversos motivos levaram a isso, principalmente as disputas territoriais, etc, etc... é sistêmico.
Sho'nuff: Alright, Leroy, who's the one and only master!?
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Offline Duccini

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Re:Lendária civilização perdida é encontrada embaixo de uma floresta em Honduras
« Resposta #2 Online: Março 06, 2015, 11:38:46 am »
Ah são muitos os motivos para o desenvolvimento acelerado de um paí­s. Colonização, posição geográfica, bagagem cultural, sistema de governo, escravismo, clima e agricultura, acesso ao mar, corrente marí­tima de quem tiver acesso ao mar, geologia, desastres naturais... cada paí­s é um caso diferente. Mesmo cair no clichê de falar que o que difere é se foi colonizado por Espanha ou Inglaterra é passí­vel de erro, só ver a India e diversos paí­ses africanos como exemplo.

Eu particularmente não acredito que o solo das regiões ao sul seja mais pobre. Não faz muito sentido, já que tudo veio de um mesmo continente e as correntes climáticas de ambos os hemisférios são relacionadas.

Offline Bruce Leeroy

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Re:Lendária civilização perdida é encontrada embaixo de uma floresta em Honduras
« Resposta #3 Online: Março 06, 2015, 02:07:11 pm »
Mas eu não me refiro ao plantio não, me refiro a necessidade de se desenvolver pra se proteger do frio mesmo, de armazenar comida por um longo perí­odo e tal. Mas é aquilo, é só um dos milhares de fatores. Embora os solos mais férteis realmente estejam em locais especí­ficos. O Brasil não é "terra onde tudo se dá" não. Nossa terra é de solo muito antigo, cheia de oxido de ferro em sua maioria, é preciso fazer muita calagem e correções. Fora que o inverno é um perí­odo muito importante pras colheitas, as plantas precisam desse perí­odo de frio pra ganhar força. O Brasil só é esse celeiro todo por causa da Embrapa, acredito que ela seja uma empresa que tenha mais valor que a Petrobrás (se bem que até o boteco ali da esquina ta valendo mais que ela agora).

Quando eu vejo notí­cia assim me dá uma vontade do cacete de visitar as cidades pré-colombianas. Já estudei sobre elas uma época, mas é igual estudar os movimentos artí­sticos na europa sem poder ir lá no museu pra ver de perto. A experiência é totalmente diferente. Quando eu dei uma passada no louvre me voltou uma porrada de aulas de historia na cabeça e aquela sensação de "se eu pudesse ver isso durante a aula eu teria gostado delas".

Aliás, falando em civilizações pré-colombianas, outro dia vi uma proposta muito interessante de se reutilizar o espaço inútil deixado pelo extração mineral a céu aberto pra cultivo comunitário para pequenas vilas locais próximas a esses lugares. Pra quem ao menos sobrevoou Minas Gerais deve saber do que estou falando, a vista da serra nas cidades é linda, você vê ela perfeita. Mas se subir no topo tem que tomar cuidado pra nao cair e rolar ribanceira abaixo. Este tipo de coisa



fica lá í  deriva, isso quando não enchem de água como parte do processo de "restauração" da área, quando poderia ser utilizado para o cultivo com microclima, como faziam os incas, por exemplo (acho que não eram só eles).



E isso eles faziam em escala de montanhas. O projeto é mais extenso, uma vez que essa "terra" que sobra aí­ é só estrutural, acho que seria necessário uma certa limpeza e ensino aos usuarios sobre compostagem, etc. Se é que seria viável, porque fica muita merda jogada nesses lugares.
« Última modificação: Março 06, 2015, 02:12:14 pm por Bruce Leeroy »
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