Eu queria conversar um pouco sobre Horizon Zero Dawn, porque a minha experiência foi muito diferente da de vocês Screamer e VD. Queria a opinião de vocês se eu to sendo excessivamente rabugento com o jogo. Vai ser bem crítico, e de maneira nenhuma quero jogar vinagre em cima. É só uma decepção e desabafada por não ter conseguido aproveitar o jogo da maneira que a grande maioria conseguiu.
Só uma espécie de disclaimer antes, meu SSD foi pro saco e eu fui obrigado a jogá-lo no HDD, o que é um desastre. Loadings intermináveis, jogo engasgando em momentos críticos (tipo eu saltando completamente errado num penhasco hahaha), sempre que abria o jogo ficava pelo menos 1 minuto passeando com a câmera, já que o processo de mandar dados do HDD pra ram era terrível. E ainda não terminei o jogo. Fiz tudo de sides, errands e a DLC (menos os hunting grounds). Já peguei aquela armor que precisa das 5 power cells pra encontrar. Agora to na reta final da main.
Caras, eu não sei se é por conta do meu TDAH, mas eu achei a estética do jogo dolorosa. Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, algumas muito bonitas, mas quando você junta um monte numa cena só fica parecendo design do Hans Donner nos anos 80. Tudo é saturado, tudo brilha, tudo é uma grande seta pra si mesmo. É espetacular pra screen shots, mas pra um jogo de 100 horas... O Cauldron Epsilon me fez ficar com dor de cabeça. E várias vezes botei o jogo no mute porquê os gritos das máquinas tavam me estressando.
A história é muito louca, mas eu comecei a pular os diálogos porque não tava mais aguentando o estilo sofrido dos personagens conversarem. Falei pra um amigo, parece que tá todo mundo mergulhado no Valium.
O gameplay é uma delícia, mas a roda de inventário é terrível. Ser obrigado a assinalar um shortcut é coisa pra D-Pad. Agora, shortcut pra limitar as armas que vão aparecer na roda do analógico... quem teve esse ideia, meu deus? E aí um problema grande de eu jogar no HDD. O FPS varia demais e pra um jogo que é basicamente arco e flecha, já dá pra imaginar a raiva que eu passo. Mas bancando o advogado do diabo, roda de inventário em jogo complexo é algo meio impossível de se resolver com os atuais controles mesmo. Dishonored chegou perto, mas ainda assim limita bastante o gameplay.
A movimentação em montanha não é boa, é cheio de paredes invisíveis que te obrigam a seguir o caminho que o jogo determinou, na maneira mais draconiana possível. Isso inclusive é uma das poucas coisas que eu odiava quando acontecia no New Vegas, e eu tinha certeza que era alguém da Bethesda metendo o bedelho na Obsidian.
Fora isso, eu me apaixonei pelas máquinas. As vezes fico escondido observando elas. Queria que o comportamento caótico delas em modo de batalha fosse o default, sem essa de visualizar o caminho delas. Isso é estúpido e entra num problema moderno dos jogos triple A (principalmente os exclusivos da Sony) de ficar levando o jogador pela mão, pra ele não desistir de jogar a parada.
Bom, tem mais coisas, mas chega né. Como fã do reboot de Tomb Raider, eu queria muito ter gostado desse jogo. Triple A com personagem feminino não sexualizado é algo praticamente inexistente. Mas não rolou. De qualquer forma fico feliz que o jogo fez dinheiro, e vai inspirar muita gente.