Os Ritos de Taiguará



Capítulo XXI - A Ajuda do Melhor Amigo

20 minutos depois o carro de Lucas já sinalizava no final da rua. Veio ao nosso encontro e mostrou estar bastante preocupado.

- Diga, me Lucas, o que você sabe sobre a Kátia? – perguntou Guilherme.

- Conheci Kátia quando ela namorava Fabrício. Sabia que ela era nova em Taiguará. Comecei a reparar nela devido à sua postura ousada em certas questões. Mas só fui me apaixonar por ela a cerca de um ano. Senti-me atraído por ela, e percebi que ela demonstrava sentir o mesmo por mim. Mas a princípio fiquei com o pé atrás de me relacionar com ela, por causa do seu grupo de amigos. Tinha muitas suspeitas quanto a ela, mas com o tempo fui deixando de me preocupar com isso, a medida que me apaixonava mais por ela. E dessa maneira começamos a nos encontrar. Entretanto, com tudo o que está acontecendo recentemente, as minhas dúvidas voltaram com força, e já não sei ao certo em que acreditar. Eu me apaixonei mesmo por ela, e não suporto a idéia de ela estar envolvida com coisas ruins.

- Mas acreditamos que ela participa dessa facção, que busca um maior controle dentro da Sociedade.

- Então essa facção existe mesmo, Guilherme? – Lucas até que não me pareceu tão surpreso.

- Se existe? Ela foi responsável pela morte de meu irmão! E Kátia estava no meio de tudo isso.

- E agora está envolvida com o rapto de Natasha – interrompi.

- É verdade. Lucas, eu sei que é difícil pra você, mas precisa aceitar a idéia de que a sua namorada tem grandes chances de estar envolvida com tudo isso.

Lucas saiu do carro. Andou pra lá e pra cá. Voltou e disse:

- Muito bem, temos que encontrar Natasha.

- Temos! – disse eu – Lucas, você tem de conversar com Kátia e descobrir onde Natasha está.

- Mas como ele poderia fazer isso? Não adianta chegar pra ela contando que sabe de tudo e que quer saber o local do cativeiro.

- Eu dou um jeito – respondeu firmemente Lucas – Me dêem um tempo. Irei atrás de Kátia e descobrirei isso.

Dito isso, saiu novamente do carro.

- Felipe, ligarei pra você assim que descobrir onde ela está.

Lucas entrou no carro e partiu.

Olhei para o relógio. Dez horas e quarenta minutos da manhã. Tivemos de esperar até pouco mais das 15:00, quando Lucas finalmente telefonou.

- Felipe, passe para o Guilherme, por favor.

Passei o celular, e escutei Guilherme responder rapidamente:

- Sim, conheço. Ok, estamos indo para lá então. Lucas, veja o que você pode descobrir por aí. Muito obrigado mesmo!

E desligou. Deu a partida, olhou para mim e disse:

- Vamos!

Escrito por Felipe Duccini
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